segunda-feira, novembro 12, 2007

Licença Maternidade

Fiquei abismada com uma reportagem que li sobre licença maternidade, sem contar nas barbaridades que já li, sobre o novo projeto de lei para aumento do tempo de licença. São pensamentos tão machistas, tão pequenos e hipócritas! Penso que esse grupo, merece padecer no mundinho de empresas que vivem contando as moedinhas para pagar suas contas.

Não é à toa que boa parte de nossas empresas pedem falência e/ou não conseguem concorrer com outras empresas. E não é por conta da licença maternidade, mas sim pelo respeito ao profissional. Como o nome já diz, profissional, é diferente de empregado, empregado é aquele do século passado, que só fazia o que lhe era pedido. Hoje as próprias empresas querem contar com o conhecimento e até networking de seus profissionais para gerar maiores e melhores resultados. De certo esses profissionais não poderiam ser chamados de empregados, afinal contribuem com os seus conhecimentos e habilidades para o sucesso da empresa como um todo.

Ou seja, empresas que não valorizam os seus profissionais, ao meu ver estão a um ponto de cair no abismo do prejuízo, para não dizer falência! E se enganam os “patrões” que acreditam que valorizar o profissional é pagar vale-transporte e refeição, sim esses são benefícios interessantes para os profissionais, mas mais do que isso a valorização e reconhecimento (financeiro, promoções... respeito!) do trabalho prestado é com certeza um grande motivador.

Agora voltando ao assunto licença maternidade é importante ressaltar, que a licença não é um período de folga, mas sim para o aleitamento materno, ou seja, para melhoria da saúde da população como um todo. Todo pai e mãe sabem que enquanto a criança é amamentada exclusivamente pelo leite materno, o risco de adoecer é mínimo e quanto maior for o tempo de amamentação, as chances da mãe ou pai se ausentar do trabalho por conta de idas aos médicos será menor.

Porém para essas pessoas contrárias ao período de aleitamento materno, não adianta bater nessa tecla, o pensamento deles é “porque plantar hoje para colher amanhã”, não é?

Poderia ilustrar dessa forma: pessoas que são contra a licença maternidade são como aqueles empresários que cortam as árvores para uso imediato e não replantam, afinal existem tantas na natureza... Só que o tempo de fartura acaba, principalmente daquelas árvores que mais nos servem, só restam as de baixo valor no mercado e aí o que fazer? Chorar por que a culpa é do governo? Dos ambientalistas? Não!!! A culpa foi sua, porque o seu concorrente, já utiliza uma área de reflorestamento e tem as suas matérias primas a sua disposição e você por não valorizar o que sua empresa tinha de melhor, agora amarga o prejuízo.

E o que dizer para as profissionais que são contra a licença maternidade?
Perguntar se já são mães?
Ou melhor, prefiro perguntar se elas acreditam que as profissionais responsáveis e com horários flexíveis não produziriam até durante a licença?

Sei também que muitos vão falar que é muito tempo, que a empresa perderá de alguma forma... e aí vai a minha resposta:

1 . Ser humano não é máquina, por isso não espere que ele irá render 100%. Ele adoece, tem problemas, casam, tem filhos, vão ao dentista e pasmem!! Fazem xixi. Sei de empresas que não dão suporte nem para as necessidades fisiológicas de seus funcionários. Essas empresas estão fadadas ao limbo! Ao rol de empresas em que só possuirão os menos desprovidos de habilidades e conhecimentos. Quais serão os resultados de empresas com profissionais desse nível?
2. Ser humano tratado com dignidade e responsabilidade, não abandonará a empresa, seja de casa ou indo uma vez por semana ao escritório. Se as empresas soubessem que flexibilizando sua postura, a funcionária estaria mais presente no período pós-parto, elas ganhariam muito mais.

Enfim, cada um merece aquilo que procura. Eu procuro empresas que respeitem os seus funcionários, na qual eu dou o meu melhor para a empresa e a empresa oferece o que há de melhor pra eu continuar trazendo mais resultados.

Agora o que me indigna não é o fato de existir pessoas contra a licença, mas pelo fato de que colocam as mulheres como aproveitadoras ou como uma classe desprovida de respeito, simplesmente porque são elas as responsáveis por gerar a vida, com responsabilidade!

Não, caros leitores desse humilde blog, eu não estou passando por isso, mas eu como grávida, mulher e profissional, sinto diretamente a tensão nesse período da aprovação dessa lei. Esse foi apenas um desabafo!

Até a próxima!!!

5 comentários:

Anônimo disse...

APOIADAAAAA.. eu tb sou da mesma opinião os emprésarios nao respeitasm as pessoas, acham que estão fazendo algum favor em dar 06 meses de afastamento? é mais que obrigação, mas como temos a infelicidade de viver num pais que pensa pequeno afe passamos muita raiva por isso! mas espero que sua empresa seja mais humanista e lhe conceda os seis meses via acordo que não é nada mais que um direito do bebe. um bjão

Anônimo disse...

ai flor, concordo plenamente!!!!!!!!!! Foi uma trieteza qdo tive que voltar a trabalhar...ela foi desmamando aos poucos...de tão cansada que chegava à noite!!! Tomara que dê certo contigo!! bjos

Anônimo disse...

anoninimo foi boa...kkkk
bjinhos camila e helena

Anônimo disse...

hmmmm por que tanta ira nesse coraçãozinho?? Sim, vc está certa, mas nada de entrar na onda dos direitos aqui... Vc sabia que nos Estados Unidos a mulher que fas cesárea tem 1 mês de licença e a de parto normal tem 2 semanas? E se vc como mãe quer ficar mais tempo em casa não recebe o salário? Então... isso sim é desumano, né? Então relaxa, e curta esse tempo, independente da polêmica, é direito seu! beijocas

Anônimo disse...

Esqueceu de falar que em compensação os homens possuem 11 ou 14 meses, isso sim que é pais.